quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Qual será o papel do professor na escola nos próximos anos?



Sempre que estruturo uma nova ação de formação, coloco a sempre a seguinte questão, 

“Como será a escola do futuro?”

Após a análise surgem-me de imediato mais dúvidas, como por exemplo:





O futuro constrói-se no Presente, o cidadão de amanhã é educado hoje?
Como será o mundo daqui a 50 anos?
Qual será a tendência da escola no futuro?
Os avanços tecnológicos são mais rápidos que os avanços pedagógicos.
Não deve ser o aluno a adaptar-se à escola, mas a escola a adaptar-se ao aluno?!
O papel do professor é ser um "facilitador"de aprendizagens?
O Ensino será: despertar a curiosidade, criar desafios, criar enigmas, inspirar e incentivar os alunos, partilhar experiências?
Qual o papel da robótica no futuro?

Teremos de ter uma tendência para o ensino cooperativo, o professor deixa de ter o papel centrado em si, para ter um papel de “facilitador das aprendizagens”.

Para tal, temos de ter uma mudança cultural e uma mudança de mentalidades.
A escola tem de ser mais interativa.
Os Professores são guias, mentores, coordenadores e aprendizes.
O professor deixa de ser o único repositório do conhecimento.

Teremos de ter, também, em atenção:
Quem não acrescentar uma mais valia à máquina, perde o emprego.
De acordo com diversos estudos, daqui a 30 anos, 65% das crianças que estão hoje no pré-escolar terão profissões que ainda não existem.

O digital tem um papel primordial no presente com tendência exponencial para a aprendizagem na "escola do futuro". Por isso, a formação de professores nas áreas relacionadas com as tecnologias, nomeadamente ferramentas digitais, e-learning, b-Learning, mobile-learning, participação interativa on-line, em que, alunos e professores, em qualquer parte do país ou até do mundo, se encontram e partilham experiências, saberes, reflexões e dúvidas, são uma mais valia para a construção do saber mais reflexivo e cooperativo.

Pelo exposto, ações de formação com recurso ao Smartphone e Tablets, permite ter um maior envolvimento dos alunos, em que, se temos 25 aluno com Smartphone ou Tablet, permite ter:
25 Ecrãs táteis
25 Máquinas de filmar/ fotografar
25 Calculadoras científicas
25 Gravadores
25 Produtores de Conteúdos
25 Mentes, ávidas por conhecimento e por mexer no seu Smartphone/ Tablet.

Outro exemplo que tenho vivido, são os fóruns, em que chegam a existir, numa sessão de 3 horas, para cima de 250 interações de dúvidas, partilhas de saberes e experiências, com respostas imediatas, dadas quer pelo formador, quer pelos colegas. 
Muitas vezes utilizando o recurso a vídeo, proporcionam, à distância, uma proximidade que por vezes não é conseguido em sala de aula.



33 comentários:

  1. O professor será um participante no processo de aprendizagem dos alunos. Ele disponibiliza os recursos: conteúdos, fichas, vídeos, respostas.
    Será um moderador ativo de trabalhos de grupos de modo a participar em questões e comentários.

    ResponderEliminar
  2. Olá
    Cada vez mais urge a necessidade de práticas colaborativas em ambientes virtuais de modo a que a aprendizagem seja mais significativa e envolvente.

    ResponderEliminar
  3. Para a aplicação dessa abordagem, é necessário que o docente prepare o material e o disponibilize aos alunos por meio de alguma plataforma online (vídeos, áudios, games, textos e afins) ou física (textos impressos) antes da aula, de modo a tornar o debate presencial mais produtivo devido à prévia reflexão dos alunos do tema que será abordado.

    ResponderEliminar
  4. Olá,
    Para a aplicação dessa abordagem, é necessário que o docente prepare o material e o disponibilize aos alunos por meio de alguma plataforma online (vídeos, áudios, games, textos e afins) ou física (textos impressos) antes da aula, de modo a tornar o debate presencial mais produtivo devido à prévia reflexão dos alunos do tema que será abordado.

    ResponderEliminar
  5. As ações positivas da tecnologia nas escolas só acontecem quando o professor se empenha de facto e acredita que a tecnologia lhe poderá trazer algo de útil para dentro da aula. Estes devem ter o cuidado de criar situações, problemas, exercícios e projetos que conduzam os alunos para níveis superiores de conhecimento.
    O contributo que o uso das tecnologias nas práticas educativas podem contribuir e permitir uma maior literacia tecnológica a estudantes e docentes, uma vez que geram ações motivadoras e proporcionam a criação de redes nas relação, mas para isso têm que ser integradas nas atividades curriculares e não apenas acrescentadas.

    ResponderEliminar
  6. Esta nova abordagem exige que o aluno estude o conteúdo em seu tempo fora da sala de aula, preferencialmente antes da aula presencial, para que possa acompanhar as discussões e obter um melhor aproveitamento das informações. Assim, o aluno gere a seu tempo de estudos, e é possível conferir mais autonomia e ajudá-lo a desenvolver um maior senso de responsabilidade sobre seu próprio processo de aprendizagem. Isso possibilita que o aluno tenha um papel ativo nesse processo e se envolva mais profundamente com o assunto explorado e exercite o seu poder de comunicação. Essa estratégia também permite que as lacunas na compreensão do conteúdo se tornem mais visíveis, tanto por parte dos professores como dos alunos, devido à constante interação e orientação na aplicação do conhecimento. Outro benefício, talvez um dos mais importantes dessa metodologia, é a possibilidade de promover debates mais avançados em sala, uma vez que o conteúdo foi previamente estudado pelo aluno, proporcionando um nível de discussão mais elevado e um conhecimento mais abrangente a todos os envolvidos.
    Como a atual metodologia de ensino tradicional ainda se vincula muito estreitamente com a aprendizagem por meio de aulas expositivas, alguns alunos podem se sentir perdidos, desmotivados, ou até achar que o professor não está cumprindo o seu papel, uma vez que “não há aula” em seu sentido tradicional. Por isso, é possível que esses alunos tenham de passar por uma adaptação até se sentirem confortáveis com a sala de aula invertida.

    ResponderEliminar
  7. Qual será o papel do professor na escola nos próximos anos?
    Acredito que o papel do professor manter-se-á, enquanto elemento fundamental do processo, mas não como aquele elemento que é o detentor único do conhecimento.
    Hoje em dias deparamo-nos com o acesso à informação à distância de um clic - slogan que é comum ouvirmos. Qualquer aluno que tenha um smartphone, pode em tempo útil numa sala de aula acrescentar informação /dados sobre um determinado assunto. Mas uma coisa é o acesso à informação, outra é a capacidade de fazer uma triagem ao que se acede; a capacidade de conseguir analisar e validar a informação recolhida e posteriormente utilizá-la correctamente num determinado. É aqui que o professor continua a ser fundamental. Aquele elemento que é capaz de inquietar, de levantar problemas interessantes, aquele que desafia e que leva os seus alunos a pesquisar, a pensar, a questionar e querer saber e conhecer mais.
    O professor tem que continuar a ser detentor de conhecimentos científicos sólidos. Nesta Escola que se adivinha (e para a qual já iniciámos caminho), o professor tem que conhecer e dominar um conjunto de tecnologias. No entanto, considero que estas serão mais uma ferramenta para o docente, devendo este seleccioná-las e utilizá-las com intencionalidade. Esta implementação das tecnologias em sala de aula são uma mais-valia para os contextos de aprendizagens interactivos, sejam estes presenciais ou em formato de e-learning.
    Quando penso como será um professor no futuro, acredito mesmo que continuará a ser uma peça fundamental neste processo fascinante de que o ensino-aprendizagem 😊

    ResponderEliminar
  8. O Professor do futuro será um mediador entre o conhecimento e o aluno. Este deixará (e já não é) o transmissor do conhecimento, mas aquele que orienta o aluno na contextualização do mesmo e na descoberta de significados.O Professor do futuro é inovador e estará em constante atualização dos seus próprios conhecimentos, uma vez que estes rapidamente de transformam, ou melhor dizendo, se desatualizam. Torna-se importante desenvolver outras competências no aluno, que não a memorização, nomeadamente, a criatividade, a comunicação, o pensamento crítico e a cidadania. O aluno passa agora a ser encarado como um todo.

    ResponderEliminar
  9. O professor do futuro será um facilitador de aprendizagens. Ele terá um papel primordial na triagem e na aplicação dos conhecimentos por parte dos alunos. Sabemos que nem todas as fontes são fidedignas e por vezes contraditórias.
    O professor do futuro terá que estar em constante formação. Deixará de ser especialista em uma só matéria. Cada vez mais terá que estar informado. O momento que vivemos actualmente é prova de que nunca sabemos o suficiente e a nossa área de conforto deixará de existir.

    ResponderEliminar
  10. O professor continuará a ter um papel fundamental no processo ensino-aprendizagem, mas deverá acompanhar a evolução das tecnologias,estar a par das novas formas de transmissão de conteúdos/conhecimentos e desafiar os alunos a participar no seu processo de aprendizagem.

    ResponderEliminar
  11. O professor deixará de ser o protagonista passando a ser o mediador do processo ensino aprendizagem. O professor terá que acompanhar estes novos desafios saber utilizar diferentes ferramentas para tornar as aulas inovadoras, atrativas e estimulantes. Sem estas ferramentas corremos o risco de não conseguirmos cortar a meta e ficarmos fora do sistema.

    ResponderEliminar
  12. Acredito que o papel do professor, tal como o temos hoje, não pode ser alterado para quem trabalha na educação especial, com todas as especificidades que esta área abrange e a proximidade entre aluno e professor que ela pressupõe. E-learning para alunos com deficiência moderada ou profunda não é solução!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo plenamente! Esta fase tem-nos demonstrado que ainda temos muito que aprender com as novas tecnologias, porém por muitas atividades/ tarefas que elaboremos com toda a criatividade do mundo, não conseguimos "chegar" a estes alunos da forma que eles necessitam e merecem.

      Eliminar
  13. Nos próximos anos,embora o professor continue a ocupar um papel fundamental em todo o processo de ensino/aprendizagem, assistiremos a um ensino todo ele dominado pela tecnologia. É certo que vivemos uma era digital, e todos temos a noção de que muitos dos nossos alunos já esclarecem as suas dúvidas através de pesquisas na internet, já substituem as idas à Biblioteca pelos e-books, ...
    Daqui a uns tempos, vamos assistir a uma educação online, onde o papel do professor passa a ser o de mediador em todo o processo de ensino/aprendizagem: alunos e professores comunicam pelas vias digitais, visualizam vídeos, aulas, trabalhos projetos, com recurso à tecnologia. Cabe ao professor utilizar as ferramentas necessárias para motivar os alunos e apelar à sua criatividade, desenvolvendo assim competências que, no ensino tradicional, não eram trabalhadas.

    ResponderEliminar
  14. O que era facultativo tornou-se obrigatório. infelizmente a realidade não suporta esta obrigação.As escolas não estavam adaptadas tecnologicamente... e esse constrangimento fez muitas vezes com que se desistisse de utilizar pcs próprios. Agora o E@D é implementado com a boa vontade da classe que disponibiliza o seu próprio material informático. Aos alunos e pais é pedido um conhecimento que muitos ainda não possuem...está mesmo a escola pronta para entrar no Futuro? :-)

    ResponderEliminar
  15. As escolas e as famílias estão a ter muitas dificuldades face as estas imposições do E@D. Esta situação é, ainda, mais notória quando falamos de alunos ao abrigo da Educação Inclusiva (especialmente nos alunos coma adaptações curriculares significativas). No entanto é importante salientar que, mais uma vez, os professores mostram a sua capacidade de trabalho e resiliência. Deste modo e apesar dos constrangimentos temos estado «próximos» dos alunos e os mesmos têm tido acesso aos diferentes materiais.

    ResponderEliminar
  16. Estou há dezasseis anos no ensino e o meu papel, como docente, sempre foi mais cooperativo. Cativo os alunos, desperto a sua curiosidade, lanço-lhes desafios e motivo-os a pesquisar, procurar e experimentar para aprender.

    Em Portugal ainda é difícil ensinar assim, de forma cooperada, sobretudo se formos docentes de educação especial e, na maioria das vezes, tivermos que trabalhar de forma articulada com a/o titular de grupo/docente da disciplina em que acompanhamos os nossos alunos.

    Temos um ensino maioritariamente tradicional, onde o professor expõe e o aluno ouve e aprende. Há muito que instigo, nas escolas por onde passo, à mudança, à novidade, a outra forma de ensinar e aprender. No entanto, mudar mentalidades pode demorar séculos, sobretudo com uma herança cultural tradicional ainda tão forte nas nossas escolas!!!

    Acredito que com a era digital que nos invade, todos os dias um pouco mais, haverá uma maior tendência para que os professores venham a modificar a forma como se ensina e se aprende. Aliás, as próprias circunstâncias em que vivemos atualmente, nos impelem a isso.

    Há cerca de dois meses que, mesmo à rebelia, docentes e alunos, usam as novas tecnologias (Computadores, Smartphones, Tablets, etc.) com muito mais regularidade e se veem obrigados a experimentar e trabalhar com novas ferramentas digitais (e-learning, b-Learning, mobile-learning, participação interativa on-line, plataformas online, etc.).

    Mesmo sem querer, a escola está, aos poucos, a mudar, a tornar-se mais interativa. Os professores estão, aos poucos, a transformar a sua forma de lecionar, abrindo mão do “professor mentor que detém todo o conhecimento” e tornando-se mais orientadores e coordenadores da aprendizagem dos seus alunos.

    O futuro constrói-se no presente e, a avaliar pelo presente que reconhecemos cada vez mais tecnológico, também o futuro pedagógico impõe mudança. Os nossos alunos têm acesso a mais informação e a mais tecnologia. Deste modo, como professores, não podemos partir do princípio que são “tábuas rasas” à espera que debitemos todo o nosso conhecimento. Não!!! Devemos partir do que o aluno sabe e das novas ferramentas digitais e, de forma reflexiva e cooperada, construir o saber através da partilha de experiências, saberes, reflexões e dúvidas.

    ResponderEliminar
  17. O professor continuará a ser uma peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem onde passará a ter o papel de moderador, orientará o aluno na aquisição das suas aprendizagens, fornecendo-lhe ferramentas necessárias para tal. Para que tal aconteça, terá de estar sempre atualizado no que diz respeito ao conhecimento, às novas tecnologias de forma a conseguir acompanhar o aluno está à vontade com estas ferramentas. É através do digital que o professor consegue de momento prender a atenção do aluno. Ele terá também de se adaptar à nova sociedade.

    ResponderEliminar
  18. Boa tarde,
    O professor continuará a ter o seu papel no processo de ensino-aprendizagem. No entanto, terá que adequar a sua forma de ensinar aos novos tempos. Terá que estar atualizado a nível pedagógico mas também a nível digital. Estes últimos dois meses de EaD mostraram o quanto ainda temos que aprender mas também provaram que conseguimos (sempre conseguimos ao longo dos tempos), apesar do cansaço que todo este processo envolve. Tentaivas e mais tentativas.
    Penso que só recorrendo a conteúdos mais atrativos, se consegue cativar o aluno. O professor não pode, unica e exclusivamente, debitar matéria. Há do outro lado, um grupo que nasceu na era da Internet e das Tecnologias da Informação e Comunicação. Cabe ao professor orientar os alunos na busca de conhecimentos, despertar neles a curiosidade. Sou professora de Cursos Profissionais há três anos e, no início, tive que me adaptar e acho que cada vez mais o ensino deve ser assim. Um processo de adaptação por parte dos professores e alunos.
    Liliana Bogas

    ResponderEliminar
  19. O professor terá sempre um papel importante no processo de ensino-aprendizagem, no entanto, terá um desempenho mais activo enquanto moderador/orientador. Haverá transformações nos métodos e na acessibilidade dos recursos em ambos as partes, os alunos vão estar cada vez mais autónomos e terão mais capacitados para participar nas decisões sobre o seu processo de aprendizagem. Professor(a) e aluno(a) devem acompanhar as mudanças da sociedade.

    ResponderEliminar
  20. Penso que a dificuldade em implementar esta nova metodologia de E@D também tem a ver com a forma como cada professor já encarava a sua posição dentro da sala de aula.
    Sem dúvida que o professor nunca deixará de ser uma das peças fundamentais na escola, mas a forma como ele aborda o processo de ensino-aprendizagem nunca mais será o mesmo a partir desta pandemia.

    ResponderEliminar
  21. A meu ver, o professor deverá ser, sem dúvida, que o professor facilitador das aprendizagens.

    ResponderEliminar
  22. As tecnologias serão primordiais em todo o processo de aprendizagem, em que o professor será apenas um apoio, um orientador... No futuro, os alunos é que orientarão os seus estudos, mediante as suas prespetivas e o docente será a bússola, para que o aluno não se perca no caminho...

    ResponderEliminar
  23. O papel do professor nos próximos anos alterou com o aparecimento do COVID19. O que se considerava ser impossível passou apenas a ser difícil. Subitamente surgiram diversas plataforma e as escolas (não apenas os professores) tiveram que gizar novas formas de comunicação com os alunos. O papel do professor é incerto mas certamente passa pela utilização de tecnologia como complemento e apoio à aprendizagem, tecnologia que nos próximos anos terá um desenvolvimento exponencial.

    ResponderEliminar
  24. Na minha opinião, os professores do futuro vão ter que saber lidar com as novidades na educação.

    ResponderEliminar
  25. O papel do professor é cada vez mais o papel de facilitador, orientador das aprendizagens. E neste contexto atual que vivemos, esse papel é ainda mais evidente. O professor de futuro terá de conseguir "dominar" a tecnologia, para poder dar resposta às necessidades de aprendizagem dos seus alunos e orientá-los nos seus estudos.

    ResponderEliminar
  26. O papel do professor irá evoluir (ou já deveria ter evoluído) de um papel expositivo e vocacionado para a classificação, para um papel de facilitador focado na aquisição de conhecimentos/skills por parte dos alunos.

    Alexandra Araújo

    ResponderEliminar
  27. Penso que o que sempre deve presidir a qualquer ação/opção /intervenção/planificação tem de ser o bom-senso. As estratégias e os instrumentos devem ser adaptados aos momentos, às necessidades de cada aluno e de cada turma, às valências; às competências; aos Projetos Educativos em que estamos inseridos; aos curricula flexibilizados e articulados, entre muitos outros aspetos.
    Uma canção, penso que de 1979, dos The Buggles, dizia: "Video Killed The Radio Star"; há tempos discutia-se a "morte do livro impresso"; noutras alturas o foco foi a "morte dos jornais impressos"; entre muitas outras legítimas preocupações.
    Na Educação o percurso tem sido longo, sinuoso, errático, repetitivo, inventando-se constantemente a roda. Mas houve as lousas/ardósias, os cadernos de significados e os azuis de 25 linhas; os projetores de opacos, os retroprojetores, os leitores Beta e VHS (“Era uma Vez a Vida”), as disquetes de 5e1/4 e depois de 3e1/2; as pens USB, as Zipdrives, os leitores de CD (essa grande mudança!); os manuais que eram só um tipo (o do aluno era o mesmo do professor); depois apareceram as versões do professor; depois apareceram os manuais com recursos associados aos projetos das editoras numa versão digital; o Powerpoint e a novidade do Prezi; os videoprojectores; os computadores; os “Magalhães”; a Sr.ª Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues; os quadros interativos; as "boxes" Android ou Apple; os tablets e os Surfaces; as videoconferências; o e-learning, o b-learning, o m-learning; a Khan Academy, as TED Talks, os canais do Youtube (feitos por e para professores); o Teams, o Classroom, o Zoom, o Edmodo, o Moodle, a Escola Virtual, a Aula 20, etc.
    Em dois meses os professores entregaram-se de forma grandiosa e conquistaram, de forma heroica, os seus alunos recorrendo às plataformas e recursos digitais. Nem sempre com o sucesso total; às vezes nem atingindo os 50%, mas disseram presente.
    Penso que, com bom senso, um professor esclarecido conseguirá gerir e adaptar-se (ao seu ritmo, ajudado pelos alunos e por colegas, que sejam isso mesmo, colegas) a cada situação, a cada nova exigência, a cada alteração dos tempos de concentração dos alunos, a cada solicitação inusitada e despropositada. Por vezes, com muita resistência, com "raiva", com desolação, com tristeza pelo desprezo a que somos votados pelo ministério, pela sociedade, que considera somo os mais privilegiados, e que mais ninguém usufrui de 3 meses de férias), entre outros aspetos.

    ResponderEliminar
  28. Como será o professor do futuro?
    Num dia, será o “do passado”, que recorrerá ao quadro negro e ao giz e fará milagres, tenho a certeza. Noutro, num grupo de WhatsApp, ajudará a resolver dúvidas. Noutro, recorrendo ao Plickers ou ao Kahoot pode ajudar os alunos a aprenderem de forma mais ativa e divertida; noutro poderá “gamificar” conteúdos. Noutro dia poderá recorrer ao “videoant” para promover o ensino mais cooperativo. Noutro dia, poderá apenas conversar, sem mais nenhum recurso que não o de uma boa história ou a partilha apaixonada de uma história relacionada com a matéria. O ensino laboratorial/experimental presencial poderá ser complementado com laboratórios remotos ou virtuais. Podemos ser nós a produzir vídeos das nossas lições. Por vezes usando o modelo de “Flipped classroom” noutras vezes, recorremos ao tradicional e fazemos nós um “classroom flips”, por exemplo, através do Ensino baseado no inquérito. Podemos recorrer a vídeos já construídos e adaptá-los com o Edmodo, o que permitirá recolher elementos de avaliação e recolher evidências. E a avaliação sumativa?
    O papel do professor continuará a ser o da presença e o do exemplo (porque as palavras convencem, mas o exemplo arrasta). O esgar, o sorriso, o franzir da sobrancelha, o tom de voz mais elevado; o tom de voz mais amigo e compreensivo; o sentido de humor; as turmas mais fáceis e as muito complexas com que alguns colegas têm de lidar (muitas vezes nem imaginamos o que sofrerão em silêncio). O papel do professor será o de sempre mas reinventado a cada momento!
    Nada nunca será fácil, mas como dizia alguém (que, de momento não tenho presente): "os golpes da adversidade raramente são estéreis". E os professores, na sua maioria bem, têm conseguido mostrar as suas excecionais capacidades de adaptação.

    ResponderEliminar
  29. Como educadora de infância, sempre procurei adaptar-me às novas tecnologias, porque as crianças têm ao alcance delas as mesmas em casa.
    O papel do professor/educador é acompanhar as novas tendências do ensino e não centrar só em si o papel de ensinar. O maior problema das novas tecnologias é as escolas não estarem equipadas com as mesmas, nem o sistema educativo o prever, principalmente a nível do pré escolar, o que leva a que as educadoras usem os seus recursos pessoais para colmatar essas falhas.
    Ângela Monforte

    ResponderEliminar
  30. Eduardo Jorge de Almeida Gonçalves4 de fevereiro de 2021 às 19:23

    Estamos perante uma revolução, em vez de industrial, uma revolução digital, nela tbm implicada a máquina. Foi desde logo sentido o medo por parte das pessoas, que a máquina retiraria mão de obra, aquando da evolução industrial, e que na realidade houve sim, mas desde logo o homem criou máquinas em que havia necessidade da intervenção humana. E ao longo da história o homem teve capacidade de adptação, pois e, sem ele se aperceber ou não... tambm ele se transformou numa máquina, enquanto reprodutor do que a sociedade pretendia e achava normal. Aqui, na atualidade o Homem, o professor deverá deixar e ter a obrigação de inovar no ensino, pra que no futuro não sofre com isso e seja substituído aí sim por máquina, também por causa de motivos economicista. Fazendo esta analogia a uma máquina, a máquina é reprodutora, e o professor é criador. E o que uma máquina poderá criar sem a reprodução de uma ideia inovadora de alguém, neste caso do professor. Por isso, é que existem formas, as quais se servem de máquina para que nós possamos criar e co-criar o ensino.

    ResponderEliminar
  31. Através da leitura de informação sobre blogues, parece-me mais uma ferramenta interessante a nível digital, que poderá contribuir para partilhar experiências e convidar à troca de saberes de uma forma mais atrativa.

    ResponderEliminar

Partilha as tuas ideias e experiências.